Se você lê em inglês, apresento-lhe um dos escritores contemporâneos que mais gosto de ler: Israel A. Bonilla. Em setembro de 2024, ele lançará uma coleção de contos pela
Malarkey Books, e seu livro já está em pré-venda:
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Intelecto é uma palavra de origem latina que significa "ler por dentro". Assim, intelectualidade é a capacidade, própria dos humanos, de fazer abstrações, de apreender as coisas do mundo além dos cinco sentidos ou de objetos tangíveis, ou seja, a partir de um pensamento abstrato.
Nesse breve minuto em que eu existi, quarenta mil células mortas escaparam de mim e se misturaram ao ar, ao vento, às flores, caíram no chão e se mesclaram à terra em que eu piso descalça. Por isso, tentei salvar este pensamento porque a matéria sempre há de ficar sobre a terra.
Eu sempre via um senhor passeando com o cachorro. Agora que o cachorro está idoso e não consegue mais andar sozinho, este senhor o coloca num carrinho de bebê e passeia com ele todos os dias, ao menos, para o cãozinho sentir o ventinho no rosto. E juro: é a coisa mais linda do mundo.
Na mitologia grega, não havia um criador. Todas as coisas se originavam das profundezas do Caos, inclusive Eros, o amor. Penso que essa seja uma lição ancestral sobre a esperança. Que nas próximas eleições nós possamos recuperá-la mais uma vez e ver o amor triunfar.
Há cinco mil anos, um povo desse planeta alcançava a incrível abstração de associar um som vocálico a uma letra do alfabeto. E percebia que esses sons se repetiam! Eu fico pensando: como é que um povo desse mesmo planeta, cinquenta séculos depois, votou no Bolsonaro?
O meu filho, a minha razão de viver, a cura da minha depressão, foi para o céu dos gatinhos. Chorei muito, mas não vou esmorecer. Todo o amor e força e alegria de viver que ele me ensinou vivem ainda mais fortes dentro de mim, e hão de viver em cada minuto que eu existir.